Assim como a gravidade, o medo pode nos manter no chão. Impedir que nossos mais elevados e sublimes sonhos alcancem as alturas. Que nossos projetos e aspirações tornem-se realidade e atinjamos todo o nosso potencial.
Como a gravidade, o medo pode enfraquecer as estruturas do nosso castelo interior, colocando em risco o trono prometido.
Muitas vezes ele surge rápido, do nada, e num piscar de olhos até nossas certezas transformam-se dúvidas. A tranquilidade vira tormenta. A ordem vira caos. Um grito surge no fundo da nossa alma. A guerra contra os nossos maiores pesadelos torna-se real, e a paz do nosso pequeno mundo vira uma fantasia.
Tememos a morte, a dor, a solidão e a incerteza. Temos medo de perder o trabalho e não conseguir sustentar nossas famílias. Temos medo de morrer e nossos filhos ficarem desamparados. Medo de envelhecer e não ter ninguém ao nosso lado. Medo de apresentar nossas ideias e sermos ridicularizados. Medo de entrar em uma operação e levar um stop. Medo de abrir um negócio e não dar certo. Medos.
Todos temos medo. Eu, você, enfim, todos nós tememos alguma coisa. Até mesmo nossos inimigos têm medo. Sim, até mesmo aqueles que lutam contra o nosso sucesso tem medo. E isso é uma bênção, afinal, bem lá no fundo sabemos que existe algo maior e mais poderoso do que nós. Algo que pode nos colocar de joelhos sem que possamos resistir. Sabemos que estamos num mundo sem garantias, onde a única certeza é a nossa vulnerabilidade.
Mas o medo, assim como a gravidade, pode até influenciar as coisas nesse mundo. Porém, nosso espírito é eterno e corajoso. Ele é como uma criança que não conhece limites. Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, amor e moderação.
Meu espírito me diz que ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum. Quando meus opressores e inimigos querem me destruir, são eles que tropeçam e caem. Ainda que um exército venha contra mim, meu coração não temerá. Mesmo que a guerra e a tempestade surjam, ainda assim terei confiança.
A gravidade te ajuda a ficar de joelhos e relembrar, ao menos nesse instante, quando suas forças falharem, que Deus ainda está contigo, enxugando tuas lágrimas.