Décio Bazin é o tipo de escritor direto e sem enrolação. Abusa das tiradas sarcásticas, expondo suas ideias de forma cirúrgica.
Sua opinião sobre #daytrade é bem clara: coisa de viciados. Ponto! Para ele, o argumento de que os day traders oferecem liquidez ao mercado não passa de besteira.
O autor defende a mesma filosofia de Barsi, um dos maiores investidores PF do Brasil. Ambos acreditam que os dividendos e os juros compostos são a nona maravilha do mundo. A missão do investidor é desmembrar os balanços e encontrar empresas que valem a pena investir. Depois disso basta ter disciplina para aportar mensalmente e esperar a “bola de neve” começar a crescer.
Uma ideia muito interessante demonstrada por Décio é o clube fechado. Trata-se da união de pessoas com o mesmo propósito de investimento, trocando informações e conhecimentos em benefício mútuo. É um tipo de autogestão patrimonial com conselheiros independentes.
A entrada de novos membros precisa passar por uma série de testes e entrevistas. Os objetivos de investimento do aspirante precisam estar perfeitamente alinhados com o grupo.
Bazin comenta que certa vez um jovem demonstrou interesse em participar das reuniões. A primeira pergunta foi: você já tem casa própria? Como o rapaz ainda estava em início de carreira, sequer tinha uma bicicleta própria. Diante da resposta, ele orientou o rapaz a colocar seus esforços na aquisição do imóvel, somente depois disso é que poderiam voltar a conversar sobre a sua entrada no clube de investimentos.
Também as opções de ações passam pelo crivo do autor. Embora comente que seu foco está no mercado à vista, reconhece a venda coberta como “o hedge perfeito”.
Excelente leitura! Recomendo!
Embora ele provavelmente não fizesse o mesmo por um “especulador”.