Quando um ex-presidente do Banco Central decide escrever um livro chamado “As Leis Secretas da Economia”, é melhor tirar as crianças da sala. Ninguém pode conhecer mais sobre os meandros financeiros do que o responsável por formular a política econômica de um país.
Gustavo H. B. Franco conseguiu adentrar conceitos espinhosos de forma divertida e, muitas vezes, sarcástica. Nenhum participante desse verdadeiro teatro de interesses foi poupado.
74 leis secretas formam esse verdadeiro Vade Mecum underground. Todos que já passaram por algum cargo de “autoridade econômica” já devem ter escutado essas leis. Todavia, aparentemente ninguém teve a coragem de agrupá-las em um livro. Acho que era algum tipo de conhecimento passado verbalmente, para evitar que caíssem em mãos erradas (bah, aqui fui longe demais, kkk).
“No mercado, os mais espertos ganham dos menos espertos, mas, como todos são espertos, eles se revezam nessas respectivas posições”, diz a 4º lei, também chamada de Princípio da Igualdade na Ignomínia. Ela relembra que a maioria dos players acaba acertando, mais ou menos, o mesmo número de investimentos. Quem sair por aí reivindicando a descoberta de alguma fórmula milagrosa para gains infinitos, está mentindo.
Outra de que gosto muito é Lei do Mais Forte (Money Talks/O dinheiro manda) em que “Todo conflito de interesse é sempre resolvido da mesma forma que o rio corre para o mar.” Ela mostra que o pequeno investidor sempre estará em desvantagem. Simples assim! Quem manda no mercado possui mais dinheiro e poder do que podemos supor. E, como todos sabemos, até opiniões de especialistas e influencers podem ser negociadas.
Também vale a pena mencionar a 5º lei, o Axioma de House. Ela diz que “O mundo se divide entre comprados e vendidos, que se revezam nessa posição, e todos mentem sobre qual é a sua real condição”. Nada mais coerente com o cenário que encontramos diariamente no #daytrade de mercados futuros.